Proprietários de chácaras, sítios e, principalmente, balneários que estão instalados nas proximidades do igarapé Mato Grosso, as margens da BR-364, sentido Rio Branco (AC), que faz parte das 11 bacias secundárias hidrográficas da capital rondoniense, estão preocupados com as possíveis futuras instalações do primeiro aterro sanitário da história ambiental de Porto Velho (RO). Pois para eles, os órgãos ambientais competentes do Município e do Estado não comunicaram, muito menos notificaram os habitantes da localidade.
De acordo com a comunidade, técnicos ambientais dos órgãos, SEDAM (Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental) e SEMA (Secretaria Municipal do Meio Ambiente) estão realizando constantes visitas na área, às margens do igarapé Mato Grosso. Para o proprietário do balneário Coqueiral, Orlandino Vieira, o projeto do aterro sanitário não é bem-vindo para a comunidade, pois existe a possibilidade do empreendimento contaminar o lençol freático de toda a região, isto é, se a sua construção não ficar à uma distância de 400 metros do percurso do igarapé.
Segundo os proprietários da região, uma equipe de engenheiros ambientais será contrata para realizarem pesquisas de monitoramento topográfico e hidrogeológico para os habitantes da área.
“Estamos aqui há muito tempo sem degradar o meio ambiente e derrepente querem implantar um aterro sanitário próximo do percurso do igarapé. É por este motivo que estamos contratando uma equipe de profissionais ambientais para que os argumentos das partes sejam discutidos na justiça de Rondônia”, finalizou o proprietário do balneário “Coqueiral”, Vieira.
No entanto, para o chacareiro, identificado apenas como Melo, o projeto do Aterro Sanitário de Porto Velho, deveria ter uma audiência pública entre as partes, pois investimentos foram feitos na área e sem degradar o meio ambiente e para eles, o desenvolvimento sustentável é a peça fundamental para a economia da comunidade.
“As pessoas aqui trabalham junto com os recursos naturais. Não podemos esquecer este detalhe, embora, a Prefeitura de Porto Velho esteja realizando obras inacabadas e trazendo prejuízos a toda a população”, desabafou Melo.
No início da tarde da última segunda-feira (08), o assessor técnico da SEMA, Flávio Moraes Nogueira Júnior, disse a reportagem doRondoniaovivo.com que a área designada para a construção do primeiro aterro sanitário, esta em trâmite, pois uma licença prévia foi protocolada na SEDAM, em meados do mês de Julho deste ano e que o PBA (Projeto Básico Ambiental), cujo objetivo é pesquisar a questão social da área destinada ao novo projeto ambiental está em pleno desenvolvimento na pesquisa de campo.
Segundo Flávio Moraes, o projeto visa e segue as normas legislativas referentes à nova lei dos resíduos sólidos, pois estes devem ser extintos até 2014 do Brasil. Portanto todos os estudos relacionados aos possíveis impactos ambientais estão em avaliação, pois toda é qualquer alteração de uma comunidade referente à saúde, a segurança, ao bem-estar e principalmente as atividades sociais e econômicas desta região, a SEMA vem trabalhando com afinco analisando para que não ocorram erros gravíssimos ao meio ambiente desta sociedade.