18 de julho de 2013

PERSONAGEM DA BR 364: Ermitão descendente de Fidel Castro mora à beira da BR 364, em Rondônia.

De camisa polo laranja, um tanto desbotada e com uma velha calça jeans , Ocano bate um longo papo com a gente, sem no entanto utilizar cumprimentos com as mãos, pelo seu receio de ser contaminado por algum vírus. Diz que é descendente do regime de Fidel (Raul) Castro, do qual teria fugido na década de 60.

O ermitão cubano Antônio Enrique Ocano Silveira tem cerca de 70 anos e vive em uma pequena barraca improvisada à beira de um lago, na margem direita da BR 364 sentido Acre, um pouco antes da substação da Eletronorte em Abunã e do paradouro Castelinho.

Os caminhoneiros, alguns seus velhos conhecidos que percorrem aquele trecho param para dar frutas que ele recusa quando já está alimentado, alegando que não pode estocar nada para não atrair ratos e cobras. Mas quer ver o velho ermitão alterado é falar sobre a política americana, informado que ele é do que se passa no mundo através de um rádio ondas-curtas movido à pilha.

Que estações será que ele escuta : Rádio França Internacional ? Rádio Vaticano ? Rádio Havana ? Rádio Nacional da Venezuela ?

Diz que já foi operador de rádio da Marinha Mercante Cubana e sem dar muitos detalhes conta que fugiu para a Espanha, e depois Venezuela. Chegou ao Brasil em 1994 e tentou emprego como operador de comunicação em navios no porto de Santos. Como não conseguiu voltou para a Venezuela, onde presenciou a tomada de poder por Hugo Chavez. Depois retornou ao Brasil,via Manaus e caminhou até Porto Velho pela BR 319 (cerca de 800 km).

Outro dia vi um documentário sobre Ocano na TV paga, mas já estava na metade e não guardei o nome do filme. Uma reportagem entrevistava um irmão seu que mora na Espanha. O irmão , ao ser confrontado com as imagens de Antônio, disse que não o via há muitas décadas e que por isso não podia ter certeza se era ele realmente.

A produção voltou ao local da morada do ermitão e contou que seu irmão lembrava de uma velha tatuagem no seu braço esquerdo. Antônio Ocano imediatamente puxou a manga da camisa e perguntou : é esta ?

Como já sei da sua aversão à alimentos doados, quando vou à Guayara-Merin, Bolívia procuro sempre comprar o jornal do dia de Sta Cruz de La Sierra , “El Deber“ que ele aceita com um insuspeito sorriso de satisfação. Tenho certeza que ele vai ler o jornal em castelhano, sentado embaixo de um esfarrapado guarda-sol da VW, completamente desbotado pelo sol causticante da região.

Meu amigo JLZ Barcelos é outro que sempre que passa por ali leva biscoitos, maças, bananas para o solitário Ocano.

“Uma vez comprei uns pastéis feitos na hora no Castelinho, mas ele recusou pois já tinha almoçado. E me pediu que levasse para as crianças pobres de Mutum-Paraná” – confirma Barcelos.

Que Antônio Ocano, que diz acreditar em Deus e feliz com o pouco que tem , tenha uma vida longa e boa em sua humilde barraca às margens da BR 364, em Rondônia.

Por Beto Bertagna.

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BRASIL: Criança acorda e pede água no meio de seu velório.


 Uma criança de dois anos acordou, sentou no caixão e bebeu um copo de água durante seu próprio velório no sábado, em Belém, segundo parentes e pessoas presentes no local. Depois disso, o menino Kelvys Simão dos Santos foi levado para o hospital, mas chegou morto.
A Polícia Civil do Pará investiga se houve erro médico na declaração da “primeira morte”, mas, na ilha de Cotijuba, em que o fato ocorreu, há quem diga que foi um milagre ou algo sobrenatural. Havia cerca de 50 pessoas no velório.

Kelvys foi internado em um hospital estadual com febre e falta de ar na sexta-feira. À noite, o hospital constatou a morte da criança. A declaração de óbito aponta como causa da morte insuficiência respiratória, broncopneumonia e desidratação.
As cavidades de seu corpo foram tamponadas e Kelvys foi colocado em um “lençol de cadáver”, que é uma espécie de saco plástico, para depois ser levado à funerária.
Segundo o hospital, ele passou cerca de três horas sem poder respirar. A família, porém, diz que retirou os algodões de suas narinas e boca e abriu o saco plástico.

Durante o velório, segundo a pastora Maria Raimunda Batista, ele “estava se mexendo o tempo todo”.
O pai do menino, o agricultor Antônio dos Santos, diz que por volta das 14h as pessoas presentes começaram a fazer massagem cardíaca no menino, até que ele cuspiu restos de algodão que haviam sido colocados em sua boca.

Logo depois, diz, o menino sentou no caixão e disse “Pai, água”.
“O povo entrou em pânico, a avó dele desmaiou. O pai e a mãe dele ficaram muito felizes”, disse a pastora. O menino foi levado ao hospital imediatamente, segundo o pai, mas já chegou morto.

INVESTIGAÇÃO
O pai do menino diz acreditar que a criança reagiu aos medicamentos que haviam sido dados no hospital na tentativa de ressuscitá-lo depois que o óbito já havia sido declarado, e por isso acordou no velório.
A direção do hospital afirmou, em nota, que só será possível esclarecer o episódio caso o corpo da criança seja exumado.

De acordo com a Polícia Civil, a depender dos depoimentos colhidos na fase preliminar da investigação pode ser determinada a abertura de inquérito e feito o pedido de exumação.

O hospital deixou a investigação a cargo da polícia. “Se a criança estivesse viva, ela não ia aguentar ficar tanto tempo tamponada. Por isso que achamos estranho e queremos também uma explicação”, afirmou a diretora do Hospital Regional Abelardo Santos, Vera Cecim.

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