25 de janeiro de 2011

Trabalho paliativo recupera trecho da Suframa



A situação de trafegabilidade para quem utiliza a Avenida Antonio Correia da Costa e adjacências, no bairro 10 de Abril, vivem um verdadeiro tormento, principalmente os moradores.

Fonte O Mamoré


Na última quinta-feira (20), a Prefeitura através da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos iniciou a recuperação de parte da via pública em frente ao prédio onde funciona a Suframa neste município. O trabalho consistiu na retirada da piçarra que ora existia e substituindo por novas camadas de cascalhos, onde segundo o secretário da SEMOSP, Manoel Caetano, foram utilizadas mais 60 carradas do material somente na parte da frente do prédio do órgão.



De acordo com o prefeito Atalíbio Pegorini que acompanhou o trabalho, justificou a ação pelo fato de a cada dia está pior aquele trecho devido ao tráfego de inúmeros caminhões. O prefeito também anunciou que no final do ano de 2010 foi entregue aos representantes da Superintendência da Suframa, de Manaus, um projeto avaliado em aproximadamente 270 mil reais consistindo em drenagem e pavimentação das vias que dão acesso ao redor do prédio do órgão, mas na última semana a Prefeitura foi informada de que a Suframa não dispõe de recursos para investimentos. “Estávamos torcendo para que esse projeto desse certo, acabaria de vez com o problema destas vias, mas depois da comunicação negativa que recebemos, acionei o secretário Manoel e disse que era ora de arregaçar as mangas e parar de esperar que a Suframa também assuma seu papel. Sabemos que o trabalho não resolverá o problema, mas garanto que a intenção é das melhores”, ressaltou o prefeito Atalíbio.



A moradora Helena Dermani, que residia na Avenida Antonia Correia da Costa esquina com Av. Dos Seringueiros após conviver com a poeira que as carretas deixam pelo local, ela precisou optar: ou deixava Guajará-Mirim ou esperava que a doença lhe dominasse de vez. Segundo a mesma, atualmente está fazendo tratamento em Porto Velho, local onde está residindo, pois o seu problema de saúde só agravava quando residia no município, aturando poeira e lamaçal.


Comerciante Raimunda Dias.


Não diferente, a comerciante Raimunda Braga Dias, ela vive da venda dos lanches em frente ao prédio da Suframa, reclamações quanto às vias que dão acesso ao prédio isso ela garante que escuta todos os dias. “Isso é uma calamidade, alguém precisa fazer alguma coisa. No verão é poeira e no inverno é só lama. Meus clientes são os motoristas dos caminhões e chapas, é difícil conviver com isso há tanto tempo. Devido à poeira eu não sinto meu paladar, sofre de problemas na garganta, na verdade minha saúde nunca mais será a mesma depois que vim para cá. Meu neto quando vem ficar um dia comigo aqui no comércio retorna para casa gripado, não é fácil conviver com esse problema. Só a piçarra não vai resolver a situação, o que é preciso é o asfalto, mas tem que dá um jeito de tirar essa água que após as chuvas permanece por aqui”, desabafou Raimunda.



O morador Ivo Batista falando das dificuldades de quem vive nas proximidades da Suframa.


Ivo Oliveira Batista, de 44 anos, disse que viver em frente ao prédio da Suframa é uma aventura diária, se não é poeira, é lama. “Vivo a 35 anos neste local, não acredito que o trabalho da Prefeitura vai amenizar, é só cair uma chuva e tudo fica como estava porque as carretas vão continuar entrando e saindo do pátio da Suframa. Minha esposa tem sofrido com problemas de garganta, mas optamos em viver aqui e tá difícil sair daqui agora. O problema disso tudo é um olho d’água que está aqui na frente da entrada da Suframa”, concluiu o morador do bairro 10 de Abril que manifestou-se indignado com o descaso nas vias públicas da redondeza.



Na sexta-feira após a queda de chuva e a entrada e saída de carretas ao prédio da Suframa, o trabalho da Prefeitura resultou em um lamaçal.



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