14 de agosto de 2011
Flor do Campo abre apresentações do Festival Folclórico de Guajará-Mirim
O duelo dos bumbás Flor do Campo e Malhadinho começou nesta sexta-feira (12) no Bumbódromo de Gajará-Mirim. O boi do Tamandaré, Flor do Campo, abriu a primeira noite do 17º Festival Folclórico. A festa encerra no domingo (14) com a apresentação dos dois bois.
O boi-bumbá defende o tema “Amazônia: terra mãe” e leva para o Bumbódromo a história da luta dos povos indígenas na Amazônia, a defesa da fauna e flora.
Um princípio de incêndio em um dos primeiros carros alegóricos por pouco prejudicou a apresentação do Flor do Campo, mas isso não ofuscou o brilho dos brincantes e torcedores.
AMAZÔNIA: TERRA MÃE
(Fonte Flor do Campo)
Neste ano o Boi-bumbá Flor do Campo enfatiza Amazônia Mãe Natureza, detentora da mais completa Biodiversidade de Floresta Tropical úmida do nosso Planeta o nosso Santuário. Destacando as lutas em defesa da nossa Fauna e Flora, dos povos Indígenas da Amazônia, que no decurso dos cinco séculos de Colonização, seus mártires e a esperança do índio em ter cada vez mais o respeito pela sua cultura, pelas suas terras e pela vida da floresta que nela habita.
A Tônica e a performance na Arena ( cênica e coreografada), é buscar a originalidade estética aliada à uma cênica de arena mais próxima do real, através da criatividade do Conselho de arte. Fazemos uma alerta para a importância da preservação do nosso Ecossistema, a Amazônia representa um dos últimos refúgios naturais da face da terra. Ela é a mais extensa área coberta por florestas tropicais, abrangendo mais de 6,5 milhões de km ocupando partes do território de vários países da América do Sul. Nos dias de hoje surgem duas imagens da Amazônia, sendo que ambas coexistem e representam a realidade dessa imensa região: a Amazônia natureza, Istoé, a grande influencia dos elementos naturais, especialmente a Fauna, a Flora e os Rios; a Amazônia como recurso econômico, ou seja, como área que vem sendo ocupada intensivamente por atividades econômicas, tais como projetos agropecuários, florestais, de colonização e de mineração, que devastam a mata, extermina a fauna, expulsam e eliminam as populações indígenas, acarretam violentos conflitos sociais pela posse da terra. As diferentes Etnias aliadas a Cultura dos povos Indígena e a defesa do Nosso Santuário (a Biodiversidade da Floresta), suas riquezas e o conhecimento do Caboclo Amazônico, nos inspirou a desenvolver o Tema: AMAZÔNIA: TERRA MÃE.
Para o espetáculo desta noite dividimos as tribos em alegorias originais, apresentando traços da comunidade indígena e a preservação da nossa Floresta, e as coreografias (as danças tribais originais, a partir de lendas, ritos e festejos). As lendas Amazônicas pela sua infinidade de personagens femininos terão a Cunhã-Poranga como item de destaque. O Ritual Indígena presidido pelo Pajé que destacará suas habilidades distintas como (feiticeiro, sacerdote e Xamã), as figuras do auto-do-Boi (Pai Francisco e Mãe Catirina, Amo, Sinhazinha e Vaqueiros) e os Tuxauas.
Na Amazônia o Índio resiste unindo o seu clamor aos de muitos, que em defesa do Bioma Amazônico como Pescadores, Ribeirinhos, Farinheiros e Coletores de Látex lutam pela preservação da Biodiversidade Longe das selvas de pedras e do olhar cobiçador ameaçada pela onda de extinção, pelo roubo e exploração clandestina de minérios cobiçados por muitas nações estrangeiras, conclamamos a todos para estas cruzadas contra a dizimação dos povos indígenas, a exploração predatória da madeira, os garimpos e as agroindústrias. E em tributo aos verdadeiros Ecologistas de nossas florestas os indígenas e os caboclos cantarão para que o verde e a vida continuem a Florescer nesta Amazônia Sagrada.
AMAZÔNIA: TERRA MÃE
Guajará-Mirim: Onde o Vermelho Encontra o Verde
Guajará-Mirim é o município no Estado de Rondônia que mais acolheu Unidades de Conservação em seu território, com potencial para diversas atividades atreladas a exploração sustentável dos recursos naturais, onde se destacam o ecoturismo, estudos científicos, e manejo florestal. Essa peculiaridade oferece oportunidades considerando-se que a manutenção de áreas protegidas no planeta já é considerada uma responsabilidade mundial – em especial dos países ricos, que são responsáveis, em grande parte, pelos impactos negativos ao ambiente global, entre eles o efeito estufa e as mudanças climáticas advindas da emissão de CO².
O município possui quatro reservas extrativistas: Reserva Extrativista do Rio Calcário; Reserva Extrativista do Rio Caltário II; Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto; Reserva Extrativista do Rio Pacaás-Novos; Duas Reservas Biológicas: Reserva Biológica do Rio Ouro Preto e Reserva Biológica do Traçadal; Três Parques Nacionais: Parque Estadual de Guajará-Mirim, Parque Nacional Serra da Cotia e Parque Nacional dos Pacaás-novos, além de abrigar a maior população indígena do estado de Rondônia distribuído em seis territórios com 6. 570 (seis mil quinhentos e setenta) índios entre homens, mulheres e crianças, numa área de 10.333,33 há (dez mil trezentos e trinta e três hectares e trinta e três centiares) correspondentes a 41,57% do território municipal.
Atualmente, o município registra uma população de aproximadamente 40.000 habitantes, dos quais 86% na zona urbana e 14% na zona rural. A característica da população do município é a mestiçagem de várias raças com os nativos (indígenas aculturados), resultando numa população tipicamente amazônica de “caboclos” e uma forte presença da miscigenação com imigrantes da fronteira (bolivianos). Por sua característica populacional ímpar no estado, sem influência das imigrações ocorridas ao longo da BR 364, o Guajaramirense é reconhecido por sua hospitalidade, fator de identificação presente na maioria das cidades Amazônicas.
O equilíbrio ecológico e harmônico da natureza pode ser representado pela vastidão de incomparável beleza do Vale do Mamoré-Guaporé, oferecendo inúmeras opções de lazer, dentre as quais a pesca amadora, liberada na época
Logo após a desova dos peixes. As belas praias do Rio Pacaás-Novos, a reserva extrativista do Rio Ouro Preto e o encanto da Serra dos Pacaás-Novos oferecem oportunidades únicas de se conhecer os caprichos da Mãe Natureza.
AMAZÔNIA: TERRA MÃE
AMAZÔNIA
Antes da pátria, eras úmida promessa…
semente primordial
árvore mãe
planta continental
arvoredo, floresta, selva palpitante.
Hoje canto tua vertical beleza
o mogno gigantesco, sua estatura secular
seu colossal diâmetro
canto essa caudalosa geografia
essa multidão de vidas que sustentas
canto o itinerário sazonal da seiva
e essa infinita linfa…
parto de infinitas criaturas.
Canto teu verde planetário
e no teu imenso respirar,
canto o nosso pão de oxigênio…
Canto a ti… Amazônia
bosque inquietante da esperança…
e eis porque denuncio esse machado cruel sobre teu peito…
essa fruta milenar, dia a dia devorada.
Antes da grande nação…já eras tu…
a nação primogênita
filha dos filhos da mata.
A infância da pátria foste tu,
sílaba aborígine, idioma tupi
cerâmica, canoa e tacape
ritual, dança e canção.
Foste tu a raiz, sangue ameríndio
o parto da nacionalidade.
Hoje canto os povos da floresta
e o desencanto dessa memória esquecida.
Falo de sobreviventes
de tribos desgarradas
de aldeias tristes
de sonhos desmatados………………
(Manoel de Andrade)
AMAZÔNIA: TERRA MÃE
Nesta Noite, O Boi Flor do Campo, dentro da sua linha temática “AMAZONIA: TERRA MÃE”, faz da sua apresentação um tributo à biodiversidade do ecossistema da Amazônia, objetivando assim despertar no homem moderno a importância da preservação de nossa mata verde: Floresta Exuberante, de inúmeras vidas que futuramente dependerão exclusivamente da consciência humana.
01 – Concorrendo ao Item de nº I Apresentador
Ricardo Lira Maia
É o apresentador do festival, anima , dinamiza e apresenta com fidelidade o espetáculo de arena aos Senhores Jurados e ao Grande Público os Personagens, os Destaques, as Tribos, as Alegorias e o desenvolvimento do espetáculo do Bumbá Flor do Campo. Sua indumentária representa as aves de rapina na figura do Gavião Real.
02- Batucada- Concorrendo ao Item de nº III
Chamada de “Filhos do Fogo”, São os ritmistas do Boi Bumbá, no número de 120 componentes, fazem a base rítmica em conjunto à harmonização (Banda Flor do Campo) de Arena. Sua indumentária relembra e vem homenageando respeitosamente a nossa Floresta Amazônica.
Tem como Regente (Mestre) Fredson Martins, acompanhado das Rainhas da Batucada, Anne Duran, Adriane Silva, Taliny Duran e Daiana Azzi.
03 – Levantador de Toada – Defendendo o Item de nº II.
Sandro Menacho
Que canta as toadas do Boi-Bumbá. Com sua voz afinada poderosa e melódica, faz ressoar os cânticos em defesa do índio. Ele é o “Uirapuru da Floresta”, com sua voz de tenor, canta e decanta as toadas do Boi-bumbá. No seu canto, o Uirapuru enaltece o dever de todos em preservar a Amazônia.
04- Os Dançarinos é um grupo de dança chamado de Encanto Vermelho, são aqueles que mostram o seu amor pela arte da dança harmoniosa, são responsáveis pela evolução e bailado dentro da Arena.
05- Concorrendo ao Item de n° XIX GALERA.
È a massa popular Vermelha e Branca que nos 365 dias do na espera ansioso o momento de ouvir os Tambores da Batucada Filhos do Fogo, a saudação do seu apresentador e a aparição do Boi Flor do Campo, que nesta noite é defensor dos povos da Floresta Amazônica. Em duas horas de apresentação desenvolvem coreografias e cantam o entusiasmo defendendo com garra o boi do Povão.
06- Concorrendo ao Item de Nº XVI, Alegoria “Kianumaká-Manã”.
Conta a Lenda que uma índia sentia muita tristeza de ver seus familiares perseguidos por tanta gente que invadia as suas terras, destruindo as plantações e matando os animais da floresta. Um dia pediu ao feiticeiro da tribo que invocassem o espírito para que ela ficasse encantada. Durante a noite, transformada em onça, ela caçava os animais pertencentes aos fazendeiros e os matava, mas queria que a carne fosse distribuída entre os caboclos. Ao amanhecer o dia, sua mãe teria que botar um ramo em sua boca para que voltasse à forma humana. Num desses dias, a mãe não encontrou o ramo necessário. E o desencanto da índia nunca mais aconteceu. Passaram os fazendeiros a persegui-la, para matar a onça cabocla. Ela se refugiava numa gruta. Ali os índios executavam as danças à meia-noite e a onça cabocla era desencantada e se transformava na bela índia Yndaiá, com as cantorias e batidas.
Os índios acreditam que por viver nas grutas, a onça torna-as sagradas. Às vezes aparece como onça às vezes como mulher. Sua função é preservar os olhos d’água. “Dona”, de uma enorme mão, com a qual agarra e afoga todos aqueles que sujam, desmatam, lavam roupa ou levam animais para beber na sua morada. Quando isso acontece ela ataca o estranho, e dá claros sinais indicativos de sua fúria. Nestas ocasiões só o Pajé, é capaz de acalmá-la, por ser visto como uma autoridade, cujo poder advêm de sua capacidade de comunicação com Yawára. Suas palavras, na verdade, são da onça-cabocla. Ela é considerada por sua tribo como Kianumaká-Manã – Deusa onça, uma forte e poderosa guerreira indígena.
07 – Concorrendo ao Item de Nº V
Porta Estandarte
Rhayla Mota
Indumentária: Artista – Paulo Menda
É o símbolo entre o bailado e o estandarte, símbolo do boi em movimento, vem para arena representar a mistura dos povos, com seu pavilhão, através das cores vermelha e branca do Bumbá Flor do Campo. Ela e a felina sorrateira da Amazônia com a sua garra vêm clamando para que sua espécie não desapareça, pois já se encontra em extinção.
FESTA TRIBAL
COREOGRAFIA: MARCOS FALCÃO
-TRIBO SURUÍ
Artista: Dayná Souza
A terra do povo Suruí de Rondônia, localiza-se entre os estados de Rondônia e de Mato Grosso. O primeiro contato pacífico dos Suruí com os brancos foi na data de 1969. A seguir, cerca da metade da população Suruí morreu devido às doenças transmitidas pelos colonos. No início dos anos 80, o povo Suruí contava com menos de 300 indivíduos. Nestes últimos anos, os Suruí tiveram um papel importante nas organizações indígenas, especialmente na organização inter-étnicos, tanto como precursores quanto como exemplo de luta eficiente contra as invasões e a destruição das terras.
- TRIBO KARITIANA
Artista: Dayná Souza
Sua língua é o Arikém, vive na margem direita do Alto Rio Madeira próxima a Porto Velho. Ainda dependem da caça, pesca e das roças para subsistência. Criam animais de estimação como, macaco, curica, arara e anta. A língua original ainda é falada regularmente na aldeia, mas a maioria dos indivíduos é bilíngüe.
- TRIBO PACAA NOVOS OU “ORO WARI”
Artista: Arlisson Rafhael
O Wari’ Pacaás Novas pertence á família isolada Txapakura, não classificada em tronco, assim como as línguas Oro Win, Cujubim, Moré, Miguelem e Cabixi.
Os Oro Wari vivem em cerca de 20 aldeias em Cinco grupos indígenas que são: Igarapé Ribeirão, Igarapé Lage, Rio Negro Ocaia, Pacaás Novas e Sagarana. A caça, a pesca, a coleta e a agricultura familiar fazem parte da subsistência dos Pacaás Novas. A pesca é muito praticada pelos Wari que vivem nas margens de um rio ou baia. Eles pescam com flecha linhada ou zagaia.
08- Concorrendo o Item de n° XVI, Alegoria, “História, Arte Folclórica e “Mãe Natureza”
Artista: Ednart Gomes
Nesta noite o Boi Bumbá Flor do Campo prestando uma justa homenagem a todos os artesãos, em especial a sua fundadora e primeira folclorista de Guajará-Mirim dona Gregória. Resgatando valores e personagens mostrando o cotidiano das mulheres artesãs na labuta, os ribeirinhos canoeiros, crianças brincando felizes a caminho de um sonho.
Pelas mãos mágicas dos artesãos da floresta, inspirados na beleza natural da Mãe Natureza mergulham no cotidiano para conceber cenários fantásticos, esculturas, pinturas que se transfiguram na arena em uma perfeita sintonia nas alegorias com modulações e movimentos engenhosos. São homens de mãos preciosas que num Toque de Mágica promovem com arte o verdadeiro grito em defesa da Amazônia.
Através dessa alegoria exaltaremos também o nosso grande manto chamado de floresta, vamos defender e guardar o verde e a vida, proteger o índio e suas terras, verdadeiros ancestrais e dono da floresta.
Pachamama é a nossa Mãe Terra, e a geradora de abundância e de tudo que na terra existe, é o ciclo da Vida, da Morte do Renascimento.
Com Fauna e Flora exuberantes, devemos agradecer as maravilhas da nossa região onde a Grande Mãe Natureza recobre com o seu manto verde a mais completa biodiversidade do planeta.
AMAZÔNIA: TERRA MÃE
09 – Concorrendo o Item nº VI – AMO DO BOI.
AROLDO SANTARÉM
Dono e senhor da fazenda, tira versos faz improviso em alusão ao boi flor do campo e aos temas das noites.
10- Concorrendo ao Item de n° VII
SINHAZINHA DA FAZENDA
PAULA LIMA.
Artista: RODOLFO SOLETO
Ela é a filha do dono da fazenda, a moça mais linda da região. Vem trazendo para a arena, graça, beleza e simpatia. A Pérola Jovem vem representando toda a exoticidade da flora Rondoniense. Seu vestido enaltece a diversidade da fauna e da flora. Além disso, possui um grande tesouro o boi flor do campo.
Acompanhada da Sinhazinha Mirim ANNA BEATRIZ
11 – Concorrendo ao Item de n° X – Boi-Bumbá Evolução
Tripa: CLEIDSON RAMOS
Surge o Boi Flor do Campo atendendo as aclamações dos povos da Floresta e dos seres em cujos ecossistemas são ameaçados pelos invasores. Ele é o coração, é a emoção de brincar, de sorrir e de brilhar o Boi Bumbá Flor do Campo, na sua evolução cadenciada coreograficamente imita os movimentos de um boi real.
Pai Francisco e Mãe Catirina: casais cômicos que nas apresentações acompanham o Boi Flor do Campo são os agregados do dono da fazenda.
12 – Concorrendo o Item de n° XVIII – VAQUEIRADA -
Artista: Rosilene Borges
O grupo de vaqueiros que tradicionalmente guarnecem o boi Flor do Campo em suas andanças. Representam os guardiões do folclore e da Floresta. São futuros guerreiros, cuidam também da boiada e trazem em suas lanças as cores vermelha e branca do Boi do Tamandaré.
13- Alegoria “Iktomi e o Filtro dos Sonhos” concorrendo ao Item de nº XVI
Artista: Ednart Gomes
No xamanismo evoca-se a essência espiritual da aranha para compreender melhor a “teia da vida”, para evocar a criatividade e a imaginação. Inspira a visão e o poder para trazer nossos sonhos até a realidade. Para se obter independência e coragem, para rompermos com armadilhas que criamos, sejam emocionais ou espirituais. Para rompermos a teia da ilusão, construirmos novos sonhos, para sonharmos mais, para tecermos nossa própria vida.
Conta a lenda, que um velho índio subiu ao topo da montanha para ir a Busca da Visão, lhe apareceu IKTOMI, a aranha, e comunicou-se em linguagem sagrada. A Aranha pegou um aro de cipó e começou a tecer uma teia.
Enquanto tecia, o espírito da Aranha falou sobre os ciclos da vida, do nascimento á morte e das boas e más forças que atuam sobre nós em cada uma dessas fases.
No final a Aranha devolveu ao velho índio o aro de cipó com uma teia no centro dizendo-lhe:
“No centro está a teia que representa o ciclo da vida. Use-a para ajudar seu povo a alcançar seus objetivos, fazendo bom uso de suas idéias, sonhos e visões. Eles vem de um lugar chamado Espírito do Mundo que se ocupa do ar da noite com sonhos bons e ruins.
Os índios acreditam que os sonhos são mensagens de espíritos sagrados. Segundo a lenda, o filtro dos sonhos permite que os bons sonhos atravessem o círculo central da teia e que os maus sonhos sejam retidos, desaparecendo com os primeiros raios do sol da manhã.
AMAZÔNIA: TERRA MÃE
14- Concorrendo ao Item de nº VIII
RAINHA DO FOLCLORE
JULYANNE CASTRO
Artista: PAULO MENDA
A Rainha do Folclore representa o poder expressado pela manifestação Popular. O Folclore da Floresta possui personagens que provém do universo místico indígena e das crenças do caboclo amazônico. Povoada pelos mais diferentes elementos místicos, como Boitatá, Curupira, Mula Sem Cabeça, dentre outros, que são protetores das matas e das florestas amazônicas.
15- Concorrendo ao Item de n° XIV, Tribo Feminina Mura (Coreografada)
Artista: Dayna Souza
Coreografo: Marcos Falcão
Essa tribo é conhecida como guardiães do caminho fluvial. Os Muras viviam na região da confluência do rio Madeira até a foz do rio Amazonas, se tornaram uma tribo de pescadores nômades, que desconheciam a agricultura e todas as artes praticadas por seus vizinhos. Não construíam moradias sólidas e duradouras: viviam em sua própria canoas, como se fossem suas casas ou isolados em pequenos bandos, errando de um lugar para outro ao longo das margens dos rios e das lagoas onde havia mais abundância de peixes e de tartarugas. Em cada lugar onde paravam temporariamente, eles construíam choças provisórias à beira da água, mudando-se mais para cima ou para baixo do barranco à medida que a água subia ou descia. Sua imagem era marcada por traços guerreiros, destemidos conhecedores de táticas sui-generis de ataque e emboscada, o que atemorizava e lhes concedia uma enorme fama de perigosos. Representando os quatro elementos da natureza: Água, Terra, Fogo e Ar.
16 – Curumins e cunhantãs da TRIBO GAVIÃO
Artista: Rosa Solani
Coreografia: John Lennon
São pequenos guerreiros que simbolizam a harmonia entre os povos e mãe natureza. A Tribo Gavião (de fala Mondé), também conhecido como “Digü”, é um povo indígena brasileiro livre para divulgar e massificar sua cultura entre seu povo. Assim o Povo Gavião que fala a lingua de mesmo nome pertecente ao tronco linguístico Tupi, família Mondé, vive na Terra Indigena Igarapé Lourdes, no municipio de Ji-Paraná/RO, com população estimada em 460 pessoas segundo a FUNAI.Sua Indumentária vem Representando os beija-flores aves de pequeno porte, que medem em média 6 a 12 cm de comprimento e pesam 2 a 6 gramas..
17- Concorrendo Item (coletivo) de n° XV – TUXAUAS –
Artistas: Stéffano André, Ednart Gomes e Rodolfo Soleto
Tuxaua é o item coletivo que representa de forma alegórica e dinâmica o chefe de cada povo, cada nação indígena, cujo contexto se demonstra a cultura indígena ou o cotidiano do caboclo. Os Tuxauas encantam pela sua elegância, pelo seu poder, pela sua beleza e luxo, evoluem em homenagem ao Boi Bumbá Flor do Campo.
18 – Item de nº XVI, Alegoria “Tuluperê”. Concorrendo a Lenda Amazônica Item de nº XVII
Artista: Ednart Gomes
Nas profundezas do rio Amazonas, vivia a serpente chamada Tuluperê, conhecida popularmente como a cobra-grande. Ela tinha um comprimento fora do comum. A pele, desde a cabeça até o final do corpo, apresentava as cores vermelha e preta. Reunia características da sucuriju e da jibóia. Tuluperê era muito perversa, quando avistava embarcações que navegavam nas águas dessa divisa virava destruindo tudo, e, quando conseguia pegar uma pessoa, apertava-a até matar e dela se alimentava. Um dia, os índios da nação Wayana, da família lingüística Karib, cansados de perderem seus entes queridos para a serpente resolveram pedir a ajuda do poderoso Xamã, líder religioso. E depois de muitas lutas conseguiram matar Tuluperê, atingindo com muitas flechas. Nessa ocasião, viram os desenhos da pele da cobra-grande, memorizando-os. E a partir daí, passaram a reproduzi-los em todas as suas peças de cestaria.
AMAZÔNIA: TERRA MÃE
19- Concorrendo ao Item de n° IX- Cunhã Poranga.
ANA LESSA
Artista: Dayna Souza.
A Cunhã Poranga é a mulher mais bela da aldeia. No contexto lendário, representa a Grande Tuluperê conhecida como a Cobra Grande , está intrisicamente ligada ao marginário caboclo e ao meio ambiente da região onde proliferam animais de grande porte. Sua indumentaria é inspirada neste conto lendário sustentado em mitos indigenas .
20- Concorrendo ao item de nº XIII, Tribo Masculina NAMBIKUARA (Coreografada)
Artista: stéffano André
Coreografia: Joilson
O termo Nanbikuara é de origem Tupi que significa “orelha furada”. Foi a partir da penetração da Comissão Rondon no interior do Mato Grosso que os índios até então referidos como “Cabixi” passaram a ser designados “Nanbikuara”, termo pelo qual são conhecidos até hoje.
Representando a Lenda dos Espíritos dos Lagos
Os irmãos, Sol e Lua saíram em busca de encontrar a aldeia de Kanutsipei. Durante o caminho, os irmãos encontraram dificuldades e necessitaram da ajuda de outros espíritos: uma vez cansados e estavam sedentos pediram água a Kanutsipei.
A água, porém, estava suja. O irmão Lua, tomando a forma de um beija-flor, voou rapidamente à procura de boa água. Ao voltar contou-lhes que o espírito os enganara, mantendo escondidos muitos potes com a mais pura água. Contrariados, retornaram a sua aldeia, contando a todos o que ocorrera.
O Sol e a Lua uniram-se a vários espíritos, invocando também os espíritos das águas que habitavam a copa do Jatobá. Chamaram ainda as máscaras Jakui-katu, Maratsim, Ivat, Jakuiaép e Tauari. Reunidos, dançaram e resolveram voltar à aldeia de Kanutsipei para tomarem posse de sua água, quebrando todos os potes, conduzindo-a a outras regiões. Maratsim, o primeiro a chegar, cantou para espantar o dono do local.
Chegaram então os outros espíritos, à medida que os potes foram quebrados, formou-se ali uma
grande lagoa, conhecida como a região sagrada dos espíritos.
AMAZÔNIA: TERRA MÃE
A toada é a trilha sonora que dá suporte lítero-musical aos espetáculos do Boi, contextualizando os seguimentos artísticos que compõem esses espetáculos e proporcionando ritmo e dinâmica para cada quadro artístico ou item individual. A toada se firmou com estilo e identidade musical da Amazônia.
21- Concorrendo o Item de n° XI – TOADA, LETRA E MÚSICA.
Amazônia Terra Mãe
Composição: Paulo Jorge
NO ESPLENDOR DO SOL NO TOCAR DAS ÁGUAS AO AMANHECER
O RESPIRAR DAS PLANTAS
TOCADAS PELA BRISA DE UM FLORESCER
OS PEIXES SAEM PRA RESPIRAR
O AR TÃO PURO QUE NOS FAZ VIVER
NA PIRACEMA A VIDA, ENCANTOS
EM MEIO A PAISAGENS EXUBERANTES DE RARA BELEZA
VAI, VAI TUCUNARÉ TUCUXÍ, CARDUME DE TAMBAQUI
O PEIXE-BOI, JACARÉ-AÇÚ, BOTO-ROSA E O FAMOSO PIRARUCU
SUBINDO AS CACHOEIRAS, FUROS E IGARAPÉS
FAUNA E FLORA LUTANDO PELA VIDA
NA FLORESTA OS ANIMAIS CLAMAM POR PRESERVAÇÃO
Ô, Ô, Ô…..AMAZÔNIA TERRA- MÃE
Ô, Ô, Ô…..NATUREZA FILHA DE TUPÃ
AMAZÔNIA: TERRA MÃE
22 – Concorrendo o Item de n° IV- Ritual indígena
RITUAL RAMI JINEDE (TRANSE DO MARIRI-RAMI)
A cosmologia Kulina encontra em sua cosmografia um delimitador espacial para os seres, espíritos animais e plantas. Trata-se resumidamente de sua concepção visual do céu, da terra e dos lugares que homens e animais nela ocupam de um ponto de vista geocêntrico. Crianças, homens, velhos e mortos ocupam lugares distintos nessa cosmografia e no sistema de reciprocidade, sendo as categorias etárias nativas organizadas segundo o esquema:
Os homens, bichos e plantas vivem em nami (“terra”), enquanto que os espíritos ocupam o mundo subterrâneo, budi. Os bichos e animais de caça também vivem em nami budi, subindo a terra para serem caçados pelos homens. O pajé, quando bebe rami (“ayahuasca”) ou através de seus sonhos, entra em contato com o mundo de nami budi, visitando as grandes aldeias subterrâneas onde vivem os espíritos ou trazendo os animais para a superfície, próximos da aldeia.
O xamã Kulina Dsopinajé para libertar as almas dos Kulina aprisionadas no mundo subterrâneo pelo monstro Dori, se isola na mata para reflexão e lá bebe o Mariri Rami, uma bebida milenar alucinógena. Dori é um monstro maléfico, guardião das profundezas das aldeias subterrâneas. Rami provoca visões sobrenaturais. O Xamã acredita que somente ingerindo essa bebida terá força e poder para entrar no mundo Nami Budi – Aldeia Subterrânea. Ao entrar na aldeia subterrânea, encontram os Tocorimés, espíritos metamorfoseados em animais e entrega o segredo da aldeia xamânica subterrânea, onde vivem seres encantados que guardam as almas dos mortos.
23- Concorrendo ao Item de n° XII , PAJÉ
Régis Lopes
Artista: Paulo Menda
É o hierofante, Xamã, curandeiro, guardião da cultura tribal, feiticeiro das tribos. É a ele que seus súditos recorrem para lutar contra as feitiçarias. É um líder espiritual com funções e poderes da natureza ritualística, mágica religiosa que tem a capacidade de, por meio de êxtase, manter contato com o universo sobrenatural e com as forças da natureza.
24- Concorrendo ao Item de n° XX Organização do Conjunto Folclórico
O Boi Bumbá Flor do Campo nesta noite do dia 14, juntamente com seu Animador, Apresentador, Levantador de Toadas, Pajé, Cunhã Poranga, Sinhazinha da Fazenda. Rainha do Folclore, Amo do Boi, Porta Estandarte, Vaqueirada, os Tuxauas, as Tribos Indígenas e Toda Galera Vermelha e Branca, celebram alegremente o desfecho da noite defendendo a Amazônia e sua Biodiversidade cada vez mais indefesa, e que só encontrara refúgio sob o manto da Mãe natureza. É importante observar a harmonia do conjunto folclórico aqui apresentado, onde as belas fantasias, que abusam do bom gosto e criatividade, as músicas e a história, coadunam perfeitamente com as alegorias, tornando o conjunto evolutivo da apresentação, mais perfeito e harmonioso. Em uma demonstração sincronizada entre o tema proposto e o conjunto evolutivo apresentado.
O Vermelho simbolizando a Paixão, O Branco a Paz, o Amarelo as Riquezas de nossa terra e o verde a grande e mais complexa Biodiversidade de Nossas Florestas.
FONTE: O MAMORÉ
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