Quando o presidente da Câmara Municipal recebeu há duas semanas uma comissão de moto-taxistas que fizeram pressão junto ao Legislativo guajaramirense para que o mesmo pusesse na Ordem do Dia em caráter de urgência a votação de emendas ao Projeto original da lei do moto-táxi, em especial as que se referiam a proibição da lei que restringia a cota para mulheres neste mercado de trabalho e o fatiamento das concessões entre cidadãos e associações, o chefe da Casa de Leis assumiu o compromisso de resolver esta situação e procurar uma saída que fizesse com que toda a categoria ficasse satisfeita dentro dos limites da lei que regula o serviço de moto-táxi em Guajará-Mirim.
Na Sessão Ordinária da última terça-feira (30), a Câmara aprovou por unanimidade o veto do Poder Executivo ao Parágrafo 3º da Lei do Moto-Táxi que fixava a cota para mulheres neste serviço em 5%. A partir da votação desta proposta, as mulheres poderão concorrer de igual para igual neste mercado de trabalho, uma vez que não há mais restrições.
Em outra votação, a Câmara aprovou a proposta que estabelece que as concessões para a atuação no serviço de moto-táxi ficam reservadas para o cidadão comum, podendo a partir daí, sim, se organizar em associações e sindicatos em defesa de melhores condições de trabalho.
A decisão da Câmara, se por um lado agradou a maioria, desagradou a poucos com alguns privilégios na classe. Mostrando total insatisfação com a votação dos Projetos, Raimundo Nonato, mais conhecido por “Grilo”, presidente de uma das associações de moto-taxistas, foi ríspido em suas afirmações. “Muita água ainda irá rolar Rio Mamoré abaixo até que as coisas se encaixem. Muitos pauzinhos ainda vão ser mexidos nesta história. Não é assim que se decide não… isto é coisa que ainda vai se prolongar por muitos e muitos tempos. Quem viver verá”, disse em tom de revolta.
FONTE: O MAMORÉ
Nenhum comentário:
Postar um comentário