A defesa do ex-goleiro Bruno Fernandes tenta apurar se as informações de
uma carta que aponta que a ex-amante do jogador, Eliza Samúdio, estaria
viva e morando na Europa após passar um tempo na Bolívia são
verdadeiras.O advogado do ex-goleiro, Francisco Simin, foi até
Governador Valadares, no leste de Minas Gerais, conversar com o detento
que escreveu a carta. De acordo com Simin, Luiz Henrique Timóteo teria
sido marido da mãe de Bruno e afirma que foi ele quem ajudou Eliza a ir
para a Bolívia.
O detento teria declarado ainda que a ex-amante de Bruno comprou o
passaporte falso por quatro mil reais de um falsário de Governador
Valadares. Ainda segundo o relato, Eliza teria se hospedado durante a
viagem para o país vizinho em Guajará-Mirim, em Rondônia, e depois de
passar um tempo na Bolívia embarcou para Europa.
“Com um relato com tantos detalhes assim acredito que esse depoimento
possa ser verdadeiro, no mínimo gera uma dúvida se Eliza realmente foi
morta” destacou o advogado Francisco Simin.
Luiz Henrique Timóteo teria dito que escreveu a carta para tentar
evitar que o ex-goleiro seja injustiçado. De acordo com Simin, ele
também se disponibilizou para ser testemunha do julgamento do caso, que
está marcado para o próximo dia 19, no Fórum de Contagem, região
metropolitana de Belo Horizonte. Como o prazo para defesa arrolar
testemunhas já terminou, ele só poderia ser convocado pela Juíza do
Caso, Marixa Fabiane Lopes Rodrigues.
Julgamento
Apesar da divulgação da carta, Simin descarta uma mudança na
estratégia da defesa para o julgamento. “Se foi morta ou não foi, não
altera nada, o que nós defendemos é que Bruno não tem nenhuma ligação
com o desaparecimento de Eliza.”
Desde que assumiu o caso ao lado de Rui Pimenta, em março deste ano,
Simin passou a admitir que Eliza Samúdio foi morta e defender a tese de
que o amigo do ex-goleiro, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, teria
planejado o assassinato sem o conhecimento de Bruno.
O promotor do caso, Henry Wagner Castro, afirmou que a divulgação da
carta é uma estratégia da defesa, que segundo ele, tenta transformar uma
mentira dita mil vezes em verdade: “se Eliza está usando o nome de
Olívia, só se for Olívia Palito e possivelmente com ossos bem tostados”,
declarou o promotor que garante que as provas de que Eliza Samúdio foi
morta são consistentes, mesmo o corpo não tendo sido encontrado.
No dia 19 de novembro está marcado o Julgamento de Bruno, Luiz
Henrique Romão, o Macarrão, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, Dayanne
Rodrigues, ex-mulher do jogador e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada
do Goleiro. Bruno e Macarrão são acusados de homicídio triplamente
qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado. Marcos
Aparecidos dos Santos responde por homicídio duplamente qualificado e
ocultação de cadáver. Já Dayanne e Fernanda são acusadas por sequestro e
cárcere privado. Outros dois réus serão julgados separadamente.
Fonte: Agência Estado.
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