Preso em 19 de outubro de 2011 no Paraguai, o traficante Alexander Mendes da Silva, o Polegar, ex-chefe do tráfico do Morro da Mangueira, zona norte do Rio, está prestes a ser solto por determinação da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
Polegar era um dos bandidos mais procurados pela polícia fluminense até ser localizado por agentes federais na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, enquanto comprava um carro de luxo.
"Estamos aguardando apenas a chegada a Porto Velho da carta precatória com o alvará de soltura. Alexander deve ser colocado em liberdade até esta terça-feira (23)", disse a advogada Adriana Vilela, que representa Polegar. Após ser preso, ele foi transferido para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, para cumprir o restante da pena de 22 anos por tráfico e associação para o tráfico. Ele estava foragido desde 2009, quando obteve a progressão para o regime aberto e não retornou mais à prisão, no Rio.
Em 21 de março deste
ano, quando faltavam 2 anos e 1 mês de pena a ser cumprida, a Justiça
Federal de Rondônia declarou a condenação extinta, com base no indulto
natalino de 2012. Polegar, no entanto, permaneceu preso devido a um
mandado de prisão preventiva, expedido em 3 de abril de 2012, num
processo de homicídio que tramita no 4º Tribunal do Júri do Rio. Mas em
11 de abril deste ano, a 5ª Câmara Criminal do TJ-RJ concedeu habeas
corpus a Polegar.
Os desembargadores
entenderam que o decreto de prisão preventiva era ilegal, já que o crime
em questão ocorreu em 2003. "Por unanimidade, concederam parcialmente a
ordem por entenderem que restou caracterizada a ilegalidade do decreto
prisional, decorridos quase dez anos dos fatos, estabelecidas as medidas
cautelares de comparecimento mensal ao juízo e proibição de ausentar-se
da região metropolitana".
O Ministério Público do Rio vai recorrer da decisão.
Berço da escola de
samba Estação Primeira de Mangueira, o Morro da Mangueira era uma das
favelas mais violentas da cidade. A favela, controlada por traficantes,
foi ocupada pelas forças de segurança em junho de 2011, e ganhou uma
Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em novembro do mesmo ano.
Fonte:Odiario
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