Recentemente chegaram às mãos de familiares de Moisés
Rodrigues Lima, funcionário público lotado no Almoxarifado da SEDUC, os
documentos comprobatórios de que em janeiro de 2013, o servidor estava em
período de descanso remunerado, conforme assegura o inciso XVII do artigo 7º da
Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988.
A viagem de trabalho ao baixo Rio Madeira, especificamente à
localidade ribeirinha de Nazaré, com o objetivo de entregar materiais e
mobiliários para a Escola Estadual daquele lugarejo deveria ter sido realizada
em outubro ou no mais tardar em novembro de 2012.
Ocorre que, apesar de Moisés informar ao seu chefe de que
não tinha interesse em realizar tal viagem de trabalho, motivo pelo qual não
sabia nadar e nunca tinha realizado qualquer deslocamento de trabalho aos distritos
ribeirinhos, o gestor do Almoxarifado RODRIGO WILLIANS BARROS juntamente com um
pseudo colega de trabalho, conhecido vulgarmente como “ZÉ RAIMUNDO”, insistiram
demasiadamente para que a Moisés fosse naquela viagem sem volta (pelo menos
para a vítima Moisés).
ZÉ RAIMUNDO ficou por alguns meses convencendo Moisés de que
a viagem seria “boa e tranquila” e que no barco estaria para “cuidar da segurança”
de Moisés. Esse indivíduo se instalava na casa de Moisés, onde almoçava, tomava
banho, jantava, pois afirmava ser “amigo” da vítima; e escondia-se por trás de
uma suposta religiosidade, afirmando que era um cristão acima de qualquer
suspeita.
Por outro lado, RODRIGO WILLIANS ao invés de designar outro
funcionário daquele Almoxarifado fez questão de convocar Moisés, com o
argumento de que o funcionário era muito trabalhador e responsável. Tirou
dinheiro do próprio bolso para comprar a alimentação dos quatro funcionários da
SEDUC. Prometeu que Moisés seria promovido para chefe de Pátio do Almoxarifado.
Na realidade, RODRIGO e ZÉ RAIMUNDO, pelos motivos já destacados, convenceram
Moisés a compor a equipe de trabalho.
É permitido ao servidor público do governo de Rondônia, em
pleno gozo de férias regulamentares, participar de viagem de trabalho?
O seu chefe imediato, ciente de que o servidor estava de
férias, mesmo assim o convocou para viagem de trabalho com promessa de
pagamento de diárias (normalmente liberadas só a partir de fevereiro ou março),
cometeu ato de improbidade administrativa?
Por que tanto interesse em indicar para viagem de trabalho
um funcionário que sabidamente estava gozando férias?
Documentos comprovam que Moisés Rodrigues Lima estava de
férias no mês de janeiro do corrente ano, sendo que desta forma não poderia de
maneira alguma ser convocado pelo Diretor do Almoxarifado para realizar viagem
de trabalho. Assim, fica mais evidente que Moisés (assassinado em 15/01/2013) estava
na hora errada, no lugar errado e foi induzido à viagem da qual não queria e
jamais deveria participar, caindo numa abominável armadilha.
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