Nilton Martins dos Santos explica que maior problema da saúde no Brasil é a falta de médicos. |
O médico Nilton Martins dos Santos não para. Formado em pediatria,
decidiu há 25 anos deixar o Rio de Janeiro para trabalhar como clínico
geral na saúde pública em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
Mesmo aposentado, continuou a atuar no setor particular, em uma clínica
em Guarulhos, onde reside atualmente. Aos 77 anos, com o anúncio do
programa Mais Médicos, que busca profissionais de saúde para atuar em
regiões com carência de atendimento, decidiu largar a clínica particular
e embarcar em mais uma empreitada.
Selecionado no programa federal, ele vai atuar como médico em Arujá, na região metropolitana de São Paulo. “Eu já trabalhei no programa Saúde da Família também. Agora eu vim para esse programa Mais Médicos. (…) É um programa novo e quero ver se ele vai funcionar “, conta. “Foi muito bom, porque ele gosta de estar na ativa”, diz a mulher de Martins, Josimar Batista, 43 anos.
Recheado de polêmicas, o programa é alvo de reclamações de diversas entidades médicas, que reclamam de alguns pontos da iniciativa. A começar pela bolsa de R$ 10 mil mensais oferecida pelo governo por um contrato de três anos, ao invés de uma carreira pública, como a de promotor ou juiz.
“Enquanto não tiver médicos no Brasil para preencher as vagas, não tem outro jeito. O povo precisa de atendimento. Eu não sou contra não. Tem muita gente que é contra. Não tem nada que ser contra. Se ele não quer, for contra, vai lá trabalhar”, diz Santos, que acha que os críticos não têm interesse em trabalhar em programas públicos.
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