4 de agosto de 2011

Fumaça de mercúrio contamina garimpeiro

O garimpeiro Altair Vieira, de 43 anos, foi internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Base de Porto Velho com um edema pulmonar causado por exposição excessiva a vapores de mercúrio e chumbo usados na garimpagem de ouro no rio Madeira.
~Mesmo com proibição, exploração de ouro continua em vários pontos do rio Madeira
Mesmo com proibição, exploração de ouro continua em vários pontos do rio Madeira
As causas da doença são apontadas por irmãos do garimpeiro que trabalham numa das dragas que exploram as jazidas no fundo do rio Madeira, na região de Nova Mamoré, a   sudoeste de Porto Velho.
Exames do paciente foram pedidos pelos médicos, mas os resultados ainda não foram divulgados. Altair teve três paradas cardíacas e respira com auxílio de máquinas.
O mercúrio é usado no garimpo para agregar o ouro em pó existente no cascalho retirado do rio. A contaminação ocorre quando os garimpeiros queimam com maçaricos os cascalhos para evaporar mercúrio das pepitas de ouro e inalam o vapor.
Um dos irmãos de Altair disse que embora usem o “cadinho”, uma pequena retorta, para queimar o mercúrio e evitar que o vapor seja aspirado ou disperso pelo meio ambiente, a poluição continua porque eles não se limitam mais a produzir pepitas, fundem-nas em barras usando métodos que não impedem a poluição. Para os trabalhos de fundição, os garimpeiros utilizam outros metais perigosos como o chumbo.
Quando Altair passou mal, o serviço público de Saúde de Nova Mamoré disse que o garimpeiro havia sofrido um ataque cardíaco e teria que ser removido para o Pronto Socorro João Paulo 2º em Porto Velho. O paciente viajou desacompanhado de médico e sem suporte para garantia de seus sinais vitais.
Intoxicação por mercúrio diagnosticado
Segundo a família de Altair, a situação se agravou quando ele chegou ao João Paulo 2º onde o diagnóstico de infarto do miocárdio foi confirmado. Ele teria que ser operado, mas não havia anestesista no hospital. Aconselharam a família a procurar um hospital particular. A família escolheu o Hospital Prontocor, onde Altair foi imediatamente atendido e corrigidos os diagnósticos errados feitos em Nova Mamoré e no João Paulo 2º.
Infarto
Constatou-se que Altair não havia sofrido nenhum infarto e estava em risco de morte por um edema pulmonar causado por intoxicação como a causada por mercúrio.
Monitoramento
O paciente passou a ter os sinais vitais monitorados eletronicamente e sua respiração auxiliada por máquinas.
Passados alguns dias, e a fase inicial de risco de morte, a família removeu Altair para o hospital geral público de Porto Velho, o Hospital de Base, pois ele não tem Plano de Saúde Privado para pagar as despesas de uma longa permanência num hospital particular.

FONTE: O MAMOÊ

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