O corpo da jovem encontrado dentro da fazenda Estrela de Davi, na BR 425, no km 3, por volta das 13h desta quarta-feira (04) não havia identificação até o dia seguinte quando a mãe buscou a Delegacia e reconheceu as roupas e sandália da vítima. No início da tarde desta sexta-feira (06) os policiais civis conseguiram encontrar a última pessoa que esteve com a jovem.
O caseiro da fazenda encontrou a jovem apenas com a parte de cima, após necropsia no local, foi constatado que não haviam lesões no corpo e tão pouco sinais de violência sexual. Devido o seu avançado estado de decomposição, no final da tarde ela foi enterrada no Cemitério Santa Cruz como indigente. No dia seguinte Antônia de Souza Costa buscou a Delegacia de Polícia Civil constatando tratar-se das vestimentas usadas por sua filha no último dia 30/12 quando ela foi até a sua casa no bairro Fátima, a certeza foi maior ainda quando reconheceu a sandália presenteada por ela mesma, à jovem foi identificada sendo Aparecida Souza da
Silva, de 23 anos, conhecida por “Pingo”. O amásio de Aparecida, Francisco José Rodrigues da Silva, conhecido por “Chico Zé” negou a acreditar sobre a morte, mas ao avistar a roupa e a sandália, bem como fotos da tatuagem que ela possuía no pescoço logo veio a certeza.
Várias pessoas foram conduzidas a Delegacia de Polícia para prestar esclarecimentos, as versões sempre davam no mesmo sentido quando apontava que Aparecida havia deixado a casa de um amigo no bairro Jardim das Esmeraldas na tarde de domingo (01), saindo em uma motocicleta. O proprietário da casa e uma testemunha sustentaram a versão, até que os agentes do Sevic conseguiram o nome de quem havia passado pelo local e conduzido a jovem na garupa. Outra testemunha avistou no domingo uma jovem caminhando a margem da BR 425 nas proximidades da placa e um motociclista a seguia, diante destas informações os policiais chegaram ao nome de Izailton Marinheiro Félix, de 25 anos, vulgo “Lourinho”. Ainda no final da manhã desta sexta-feira os agentes localizaram a casa do suspeito que estava ausente do município, os policiais o aguardavam quando o mesmo chegou em uma embarcação da área ribeirinha com seus patrões.
Confissão
Izailton contou os detalhes de todo o percurso feito ao lado de Aparecida até o momento em que ela se sentiu mal e este a abandonou.
“Encontrei no domingo Aparecida à tarde em frente à casa de Cleber, ela pediu uma carona, eu dei a carona para ela. Eu pergunte para ela se estava a fim de fazer um programa comigo, aí ela perguntou se eu queria usar droga, eu disse não. Aí nós fomos, pegamos a BR para fazer o programa e ela curtir a droga dela. A gasolina acabou no caminho, ela veio andando, passou um rapaz na moto que me deu um pouco de gasolina, coloquei a gasolina na moto, continuei indo, naquelas proximidades da placa nós entramos na fazenda já no finalzinho da tarde. Eu falei vamos fazer o programa? Nos esfregamos ainda, ela foi tirando o short e tirou a calcinha, se agachou, enrolou o cigarro de merla e perguntou se eu queria, eu disse que não. Então ela passou a fumar, a fumar de repente ela começou a passar mal, se tremer, se tremer e eu me agoniei sai de perto dela, depois começou a soltar um líquido verde pela boca dela, eu fiquei com medo e fui embora deixando ela naquele estado e sem manter a relação sexual com ela”, confessou Lourinho.
O pedreiro Izailton ainda completou que por medo fugiu, não pensando em chamar a polícia ou bombeiros, soube pelos meios de comunicação da morte de Aparecida. “Não busquei a Polícia com medo de ser acusado de algo que eu não fiz”, declarou o suspeito. Quanto à motocicleta utilizada relatou que era de um amigo, no domingo disse que foi visto por algumas pessoas andando com ela, citando os irmãos da vítima como testemunhas de terem lhe visto transitando com Aparecida pelo bairro. Aproveitou para esclarecer que a jovem não havia lhe ligado, foi apenas coincidência.
A moto de cor vermelha foi retida. Izailton foi ouvido pelo delegado Evanilson Calixto Ferreira que instaurou inquérito policial e o mesmo deverá responder por homicídio doloso, por dolo eventual, em seguida foi liberado.
FONTE: O MAMORÉ
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