O corpo da jovem encontrado no início da tarde desta quarta-feira (04) foi identificado pela mãe na manhã desta quinta-feira (05) na Delegacia de Polícia Civil.
Antônia de Souza Costa soube que um corpo de uma jovem havia sido encontrado em uma fazenda após a placa que dá acesso a cidade, a 3 km na rodovia 425. Ela disse que ficou intrigada com a notícia já que sua filha era usuária de droga, sempre desaparecia e a cor vermelha da blusa lhe chamou mais ainda a atenção, pois a última vez que a filha esteve em sua casa no bairro Fátima, na sexta-feira dia 30/12 vestia uma blusa de cor vermelha. Policiais conduziram a mulher até o local onde estavam as vestias usada pela jovem e a sandália de número 35 de cor preta que imediatamente foi reconhecida pela mãe sendo de Aparecida Souza da Silva, de 23 anos, conhecida pelo alcunha de “Pinga”.
Segundo relato da mãe a filha era usuária de droga desde os 13 anos. “Quando se juntou com o Chico Zé ela até que parou, mas sempre tinha as quedas, achei que esses dias ela estava com ele no sítio ou na casa com as duas filhas, uma de cinco anos e a outra de seis anos. A desconfiança veio a partir de o fato ter sido noticiado pela mídia, principalmente a cor da blusa foi que chamou minha atenção e resolvi ir na Delegacia para constatar se era roupa da minha filha ou não, quando me mostraram as roupas tive a certeza. A que ponto a droga levou a minha pobre filha que infelizmente estava condenada pela vida com três úlceras alojadas em sua barriga devido a esta maldita droga. Recentemente ela havia ganho várias bermudas da avó, essa que ela usava era uma delas, eu a presenteei com a sandália porque foi cortada por ela mesma as alças. Eu só tenho a lamentar que muitos jovens estejam assim nesse mundo se perdendo”, desabafou Antônia mãe.
Por volta das 10h chegou ao prédio da Delegacia Francisco José Rodrigues da Silva (Chico Zé) que vivia há cerca de 5 anos com Aparecida e não acreditava na sua morte. Mesmo vendo as fotos do site e jornal O Mamoré a tatuagem negou acreditar que fosse de sua amásia, mas ao verificar as roupas que encontravam-se no local veio a certeza. “Era uma menina que tinha um futuro pela frente. Aparecida esteve comigo e as filhas no dia 30/12 onde fomos para o sítio, ela havia convidado a mãe que se recusou a ir porque estava aguardando os irmãos dela chegarem de viagem, ela ficou muito ansiosa e toda vez que ela ficava triste corria para as drogas, sempre foi assim nesses últimos anos. Perguntei se ela queria voltar pra cidade, então retornamos quando ela disse que queria consumir droga, tentei convencê-la, mas como não consegui então a levei de moto até a casa de uma tia no bairro Jardim das Esmeraldas que fica próximo a casa de um rapaz que é utilizada pelos viciados para consumir drogas. Mandei Aparecida duas vezes para um centro de recuperação de viciados em Ariquemes, depois uma vez para Rio Branco – AC, mas não teve jeito ela retornou ao vício novamente. As filhas quando sentiam saudades da mãe, eu acabava as levando próximo a essa casa no bairro Jardim para elas verem Aparecida e que muitas vezes acabava retornando para casa. Sinceramente, é muito triste a vida de quem usa droga e dos familiares porque sofremos juntos, e isso tudo ocorre porque esses viciados sentem a falta de amor, quando crianças são desprezados ou vivem na solidão o caminho é um só: a droga. Eu sei que a Aparecida tinha jeito sim”, disse emocionado Chico Zé.
Os policiais civis estão investigando os últimos locais por onde passou Aparecida, com quem esteve e qualquer informação pode ser repassada para através dos telefones: 3541-3524 (Sevic) ou 3541-2424 (Comissariado). Algumas pessoas foram conduzidas a Delegacia para prestarem esclarecimentos.
FONTE: O MAMORÉ
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