16 de agosto de 2011

45 PMs para guarnecer 24 pessoas, enquanto cidades inteiras não têm policiais


Quase cinqüenta policiais militares tomam conta do prédio do Poder Legislativo de Rondônia, local chamado por deputados de “A Casa do Povo”. Numa singela comparação, sem qualquer ofensa à população, informam-nos que o distrito de Jaci-Paraná, zona de grande beligerância, e, acampamento de quase 10 mil operários da Usina de Jirau, e outros 10 mil habitantes, somente OITO policiais se revezam em dois turnos para atender as inumeráveis ocorrências que superlotam a delegacia.24 privilegiados – ou marajás? -O esquema de segurança para garantir a integridade física dos 24 deputados estaduais e dos freqüentadores da casa do povo envolve 45 policiais militares, número superior ao contingente de companhias que cuidam da segurança de bairros populosos da Grande Vitória, no estado do Espírito Santo. Esse quantitativo, cobre 27 mil m2 de área construída do Legislativo Estadual rondoniense, mas territórios que convivem com problemas sociais e a violência não dispõem de tal conforto, como Jaci Paraná. Tudo na legalidadeEm tempos de avanço da violência pelo Interior, algumas instituições e personalidades da vida pública rondoniense dispõem de um número mínimo de policiais militares superior ao efetivo disponibilizado para fazer a segurança de cidades inteiras do estado de Rondônia. Tudo dentro da legalidade. Mas, o descompasso impressiona. Enquanto 50% dos municípios fora da Região de Porto Velho contam com um efetivo mínimo de apenas meia dúzia de policiais, instituições como a Assembléia Legislativa, e ex-governadores dispõem de dezenas de praças e oficiais fazendo segurança pessoal, familiar e patrimonial. Só na ALE-RO a proporção é de 1,87 policiais para cada deputado “representante do povo”.É claro que são situações previstas em lei. Mas é uma discrepância em relação ao efetivo do interior. Em geral, cidades menores não têm mais de três ou quatro policiais para dar conta de 10, 20 mil, às vezes 30 mil pessoas. Além disso, no caso da ALE, é um trabalho que poderia ser feito pelo efetivo próprio, já que conta com um departamento chamado de Polícia Legislativa.- Afinal, eles, os deputados temem o quê? Medo do povo?Outros 109 “seguranças”Nos municípios de Theobroma, Jorge Teixeira, Campo Novo, não chega dez policiais por turno. A mesma sensação de falta de segurança enfrentam os moradores dos bairros mais distantes, na Capital. A violência está assustando os cidadãos. Em alguns municípios, muitas vezes o efetivo, "ou os policiais saem em diligência e fecham a sede do pelotão, ou mantém a sede aberta e não realizam diligência. O Batalhão da Assembléia soma a 109 profissionais. Número de causar inveja à população da capital.Segundo informações a principal tarefa dos PMs é fazer a segurança nos acessos à Assembléia, mas os policiais também prestam serviços a deputados inclusive na casa do presidente Irmão Valter (PTB), que é quem ordena as diligências.Nos bastidores, funcionários da ALE-RO comentam que os policiais prestam serviços de segurança e motorista para deputados, inclusive em horário noturno. Um funcionário que não quis se identificar disse que considera exagerado o número de policiais na Casa e desnecessário. - “Esses policiais tinham que estar na rua, trabalhando pela população, e não ficar de guarda aqui nesta, que, afinal é a Casa do Povo”, disse.
FONTE: CORREIO DE NOTICIAS

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